QUARTO ESTADO DA MATÉRIA

 

Os Sóis do Universo são feitos de PLASMA GASOSO.

Plasma é o nome que se dá ao QUARTO ESTADO DA

MATÉRIA.      

                                                                                                                                                       

“Temos ao lado uma ilustração da estrela Cygnus que é um grande SOL composto de PLASMA de hidrogênio sendo SUGADO por um BURACO NEGRO cuja massa é 6 vezes maior que a do  NOSSO SOL.” (Prof. Antonio}
O plasma é com frequência chamado o quarto estado da matéria, ao lado dos estados sólido, líquido e gasoso. Ele é criado quando um gás é superaquecido e os elétrons se rompem, deixando partículas eletricamente carregadas.

Conforme a temperatura aumenta, o movimento dos átomos do gás torna-se cada vez mais enérgico e frequente, provocando choques cada vez mais fortes entre eles. Como resultado destes choques, os elétrons começam a se separar. “Basta lembrar da Teoria Cinética dos Gases( Prof Antonio)

No seu conjunto, o plasma é neutro, já que contém uma quantidade igual de partículas carregadas positiva e negativamente. A interação destas cargas dá ao plasma uma variedade de propriedades diferentes das dos gases.

O plasma "ideal" com as partículas atômicas completamente divididas corresponde a uma temperatura de várias dezenas de milhões de graus. Em todos os lugares onde a matéria está extraordinariamente quente, ela encontrasse no estado plásmico.

Porém, o estado plásmico de uma substância gasosa pode surgir a temperaturas relativamente baixas de acordo com a composição do gás. A chama de uma vela e a luminescência de uma lâmpada fluorescente são alguns exemplos.

O plasma aparece naturalmente no espaço interestelar e em atmosferas do Sol e de outras estrelas. Porém, ele também pode ser criado em laboratório e pelo impacto de meteoros .

O "quarto estado da matéria", em extensão aos estados sólido, líquido e gasoso (esta descrição foi usada primeiramente por William Crookes em 1879). A ilustração abaixo mostra como a matéria muda de um estado para outro à medida que se fornece energia térmica à mesma.

 

 

        Os plasmas possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo. Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem eletricidade. Eles tanto geram como sofrem a ação de campos eletromagnéticos, levando ao que se chama de efeito coletivo. Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais. O comportamento coletivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.

 

 

 

Quando a matéria está sob a forma de plasma, temos que a temperatura em que ela se encontra é tão elevada que a agitação térmica de seus átomos é enorme, de forma que chega a sobrepor a força que mantém unidos ao núcleo os prótons, nêutron e elétrons. 

        Apesar de dificilmente ser conseguido o estado de plasma na Terra, os cientistas estimam que cerca de 99% de toda a matéria existente no universo esteja sob a forma de plasma. Uma vez que o plasma possui elétrons capazes de mover-se livremente, ele possui propriedades fantásticas, como a de um ótimo condutor de eletricidade e calor. Ele possui também formas extremamente particulares de interação com campos magnéticos e com ele mesmo. Como seus elétrons se movem livremente em seu interior, existe uma corrente elétrica dentro do plasma que gera, pela Lei de Ampère, um campo magnético. Estes elétrons também se movem em círculos de acordo com um campo magnético próprio do plasma, e para o caso da temperatura do plasma ser muito elevada, este movimento circular dos elétrons pode causar a emissão de ondas eletromagnéticas. Os campos magnéticos associados ao plasma podem ser extremamente intensos, como se pode notar no caso do Sol, onde os campos magnéticos do plasma são responsáveis pelas colunas de convecção de calor, dando origem a manchas solares, ventos solares etc. [47]

 

 

 

 

QUINTO ESTADO da MATÉRIA: “Essa definição surgiu após o aprofundamento no estudo

das manifestações quânticas de aglomerados moleculares em codições extremas de temperatura baixíssimas e próximas ao ZERO ABSOLUTO.”(Prof. Antonio)

 

Vimos até agora que há QUATRO estados da matéria distintos: Sólido, Líquido, Gasoso e Plasma, porém o avanço das pesquisas em física quântica tem revelado outras facetas da matéria. Com equipamentos limitados, grupo da USP em São Carlos chega perto de obter o quinto estado da matéria - o Condensado de Bose-Einstein

- Em meio a uma nuvem gasosa com 10 mil partículas elementares de sódio, lá estavam eles: aproximadamente mil átomos, empilhados uns em cima dos outros, a uma temperatura de 70 bilionésimos de grau acima do zero absoluto, 0 Kelvin (equivalente a -273,15 °C). Esse milhar de átomos hiperfrios é o primeiro indício de que o quinto estado da matéria pode ter sido criado num laboratório nacional.

Físicos da Universidade de São Paulo (USP) acreditam ter produzido um Condensado de Bose-Einstein, nome dado a um agrupamento de átomos (ou moléculas) que, quando resfriados de forma intensa, passam a se comportar como uma entidade única.

É como se, de tão juntos, os átomos nessa fase da matéria formassem, na verdade, apenas um superátomo, estando praticamente imóveis e ocupando o mesmo espaço físico.

"Ainda não detectamos diretamente o condensado", afirma Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, coordenador do experimento, realizado no âmbito de um projeto temático financiado pela Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Mas as evidências indiretas são convincentes."

Mundo não compreendido

Estado da matéria previsto na década de 1920 pelo físico indiano Satyendra Bose e por Albert Einstein (daí o seu nome), o condensado abre as portas para um mundo ainda não muito bem compreendido. Nele, todos os átomos se movem a uma mesma velocidade, a mais baixa possível - ou, numa definição mais técnica, ocupam o mesmo nível basal de energia quântica.

Essa propriedade não é encontrada em outros estados da matéria (sólido, líquido, gás ou plasma), nos quais os átomos apresentam variados níveis de energia. Os físicos especulam que tal característica pode ser útil para futuras aplicações em campos como a computação quântica ou novas formas de lasers.

Durante sete décadas, esse estado da matéria foi apenas um conceito. Em 1995, dois grupos independentes, um da Universidade do Colorado e outro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, criaram os primeiros condensados, de rubídio e sódio. O feito levou-os a dividir o prêmio Nobel de Física em 2001.

Sinal confiável

Por enquanto, o sinal mais confiável de que uma parte da fria nuvem de sódio criada em São Carlos deixou a física clássica e penetrou no mundo quântico é o espaço ocupado por uma fração de seus átomos - a fração que os cientistas julgam compor o condensado. A medida da chamada densidade no espaço de fase é um parâmetro usado pela física para classificar a matéria quântica. "Segundo esse parâmetro, nossa amostra apresenta o condensado", diz Bagnato.

Quanto menor o tamanho de uma nuvem gasosa confinada, menor a sua quantidade de energia e, portanto, mais baixa a sua temperatura.

Os pesquisadores tiraram, então, uma espécie de fotografia digital dos átomos do condensado e mediram o seu tamanho? Não exatamente. Na verdade, eles iluminaram com um laser a nuvem de átomos de sódio e observaram a formação de penumbras.

Onde havia átomos, ocorreram a absorção de luz e a geração de sua respectiva sombra. Em seguida, obtiveram um registro dessa sombra em sensores eletrônicos similares aos de uma câmera digital. Dessa forma indireta, mediram o tamanho da nuvem de átomos e de um eventual condensado que pudesse estar ali.

Mundo não compreendido

Depois de ter realizado os procedimentos descritos acima, a equipe do IFSC concluiu que o tamanho de todos os 10 mil átomos da nuvem de sódio produzida em seu laboratório alcançava em média 6 micrômetros (um metro dividido em um milhão de pedaços é um micrômetro).

Já o tamanho específico dos mil átomos que formam o aparente condensado era em torno de 2 micrômetros. De acordo com as medidas feitas pelos pesquisadores, um agrupamento de átomos de sódio de tal grandeza está a uma temperatura de 70 nanoKelvin, os tais 70 bilionésimos de grau acima do zero absoluto.

Nas condições do experimento levado a cabo, átomos nessa temperatura e com a densidade medida já atingiriam a degenerescência quântica, formando um Condensado de Bose-Einstein.

Eles não sabem ao certo quantos átomos chegaram a esse estado da matéria. Calculam que sejam cerca de mil. Problema: esse tipo de evidência não basta para provar que ali havia um condensado. "É necessário ver explicitamente a fração de átomos condensados", explica Bagnato.

Limites dos equipamento

Devido ao reduzido número de átomos utilizados no experimento (hoje há grupos no exterior fazendo condensados com bilhões de átomos) e a limitações próprias das máquinas usadas pelos pesquisadores paulistas, não foi possível observar de forma direta os átomos do condensado, medição que comprova, inequivocamente, a sua existência.

Faltou fazer o chamado teste do tempo de vôo dos átomos, que, dentro da nuvem gasosa, permite separar as partículas que atingiram a degenerescência quântica - e formam um condensado - das que não chegaram a esse ponto. "Fomos até o limite dos equipamentos, mas não deu para fazer o tempo de vôo", afirma Luis Gustavo Marcassa, outro pesquisador do IFSC.

Em que consiste esse teste? Os cientistas desligam toda a parafernália que resfria a nuvem de átomos de sódio e têm entre 5 e 15 milissegundos para registrar a energia cinética (a velocidade) das partículas presentes no gás diluído. A partir dessa medição, inferem a sua temperatura.

Quando existe um condensado em meio a uma nuvem gasosa, o teste de tempo de vôo resulta numa figura que lembra uma montanha com um pico bem agudo. Tal figura ainda não foi gerada.

"Algum tipo de contaminação do meio externo deve ter interferido no experimento deles", opina o físico teórico Mahir Saleh Hussein, da USP da capital paulista. Bagnato acredita que as limitações se devem a campos magnéticos externos que deslocam os átomos.

O problema deverá ser contornado se os pesquisadores conseguirem fazer um condensado com mais átomos, provavelmente com outro tipo de equipamento, já em construção.

SEXTO ESTADO DA MATÉRIA

 

Cientistas descobrem novo estado da matéria

Patrick Barry e Tony Phillips
Da Nasa


Aprendemos até agora que existem CINCO estados da matéria:sólido, líquido, gasoso, plasmático e condensado de Bose-Einstein

Mas isso sequer nos conta a metade da verdade. O número de estados existentes é de no mínimo seis: sólido, líquido, gasoso, plasmático, condensado Bose-Einstein e um
novo estado conhecido como "condensado fermiônico", que acaba de ser descoberto por pesquisadores financiados pela Nasa. "É um momento muito emocionante", diz Debora Jin, física da Universidade do Colorado e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) norte-americano, que liderou a equipe científica que produziu o primeiro condensado fermiônico, em dezembro de 2003. "Minha equipe esteve trabalhando com enorme afinco, nos últimos meses. A emoção de um grande avanço e a competição para sermos os primeiros foram grandes incentivos".

A maior parte dos alunos de segunda série é capaz de recitar as propriedades dos sólidos, líquidos e gases. Os sólidos resistem à deformação. São rígidos e podem ser esmagados. Os líquidos fluem, são difíceis de comprimir e assumem a forma de seu recipiente. Os gases são menos densos, são fáceis de comprimir e não só assumem a forma de seu recipiente como se expandem para preenchê-lo completamente.

O quarto estado da matéria, o plasmático, se assemelha ao gasoso, e é composto de átomos que se dividiram em íons e elétrons. O Sol é feito de plasma, e o mesmo vale para a maior parte da matéria presente no universo. O plasma em geral tem temperatura muito elevada, e é possível conservá-lo em frascos magnéticos.

O quinto estado da matéria, o condensado Bose-Einstein (BEC), descoberto em 1995, aparece quando cientistas refrigeram partículas conhecidas como bósons a temperaturas muito baixas. Os bósons refrigerados se fundem para formar uma superpartícula unificada que se comporta mais como onda do que como um grão normal de matéria. Os BEC são frágeis, e a luz viaja muito lentamente em seu interior. Agora, temos os condensados fermiônicos, tão novos que a maior parte de suas propriedades básicas continua desconhecida. Certamente são frios. Jin criou a substância ao resfriar uma nuvem de 500 mil átomos de potássio-40 para menos de um milionésimo de grau acima do zero absoluto. E eles provavelmente fluem sem viscosidade. Mas, isso excetuado, os pesquisadores estão apenas começando a descobrir as demais características.

"Quando se descobre um novo estado da matéria", aponta Jin, "sempre demora um pouco para compreendê-lo".

Os condensados fermiônicos são parentes do BEC. Ambos são compostos de átomos que coalescem, em temperaturas muito baixas, para formar um objeto único. Em um BEC, os átomos são bósons. Em um condensado fermiônico, os átomos são férmions.

Qual é a diferença?

Os bósons são sociáveis, gostam de se reunir. Como regra geral, qualquer átomo com um número par de elétrons mais prótons mais nêutrons é um bóson. Assim, por exemplo, os átomos comuns de sódio são bósons, e podem se fundir e criar um BEC.

Os férmions, por outro lado, são anti-sociais. O "Princípio de Exclusão de Pauli", um dos fundamentos da mecânica quântica, os proíbe de se reunirem no mesmo estado quântico. Qualquer átomo com número ímpar de elétrons mais prótons mais nêutrons é um férmion, como o potássio-40.

A equipe de Jin descobriu uma maneira de contornar o comportamento anti-social dos férmions. Usou um campo magnético cuidadosamente aplicado para agir como "Cupido", passível de sintonia extremamente fina. O campo faz com que os átomos solitários encontrem pares, e a força dessas combinações pode ser controlada por meio de ajustes no campo magnético. Os átomos de potássio emparelhados de maneira fraca retêm parte de seu caráter fermiônico, mas também se comportam um pouco como bósons. Um par de férmions pode se fundir com outro par -e outro, e outro-, em um processo cujo produto final é um condensado fermiônico.

Jin suspeita que o sutil emparelhamento dos átomos em um condensado fermiônico seja o mesmo fenômeno de emparelhamento constatado no hélio 3, um superfluido. Os superfluidos fluem sem viscosidade, de modo que os condensados fermiônicos deveriam fazer o mesmo.

Um fenômeno estreitamente aparentado é o da supercondutividade. Em um supercondutor, elétrons emparelhados (os elétrons são férmions) podem fluir com resistência zero. Existe intenso interesse comercial nos supercondutores, que poderiam ser usados para produzir eletricidade mais barata e limpa e na construção de maravilhas de alta tecnologia como trens de levitação e computadores ultravelozes. Infelizmente, é difícil manipular e estudar os supercondutores.

Os condensados fermiônicos poderiam ajudar.

O maior problema dos supercondutores atuais é que -135 °C é a temperatura mais quente à qual qualquer um deles pode operar. O nitrogênio líquido ou outros fluidos criogênicos necessários a resfriar os cabos tornam qualquer aparelho que use supercondutores volumoso e caro. Os engenheiros prefeririam trabalhar com supercondutores que funcionem em temperatura ambiente.

"A força do emparelhamento em nosso condensado fermiônico, ajustada em termos de massa e densidade, corresponderia à de um supercondutor operando em temperatura ambiente", afirma Jin. "Isso faz com que eu seja otimista quanto à possibilidade de que os fundamentos físicos que aprendemos através dos condensados fermiônicos ajudarão outros estudiosos a projetar materiais supercondutores mais práticos".

A Nasa tem muitos usos para os supercondutores. Por exemplo, os giroscópios que mantêm a orientação dos satélites poderiam usar mancais sem fricção, feitos de imãs supercondutores, o que aumentaria sua precisão. Além disso, como os supercondutores são capazes de portar o mesmo volume de corrente que um fio de cobre, mas em um cabo muito fino, os motores elétricos a bordo de espaçonaves poderiam ser de quatro a seis vezes menores do que os atuais, economizando espaço e peso preciosos.

Outros especulam que os semicondutores poderiam desempenhar um papel em uma base lunar permanente, como a anunciada recentemente pelo presidente Bush em seu discurso sobre a futura exploração espacial tripulada. Os supercondutores seriam a escolha natural para geração e transmissão de energia com enorme eficiência, porque a temperatura ambiente despenca para -173 °C durante a longa noite lunar. E durante os meses de viagem que uma missão a Marte requereria, um aparelho de ressonância magnética portátil, que cabos supercondutores tornariam possível, seria uma forte ferramenta médica para ajudar a garantir a saúde da tripulação.

Lua. Marte. Não se pode sequer imaginar para onde os condensados fermiônicos nos levarão. Mas com certeza para além da escola secundária.

Nota do editor: o texto menciona seis estados da matéria: sólido, líquido, gasoso, plasmático, BEC e condensado fermiônico. Os físicos debatem esse total. Seria possível acrescentar diversos outros estados, como os cristais líquidos, os vidros, os ferromagnetos, os paramagnetos e outros, à lista. Será que os condensados fermiônicos integram mesmo a lista dos estados da matéria? Ou seriam apenas uma subdivisão menos importante, como os cristais líquidos? A pergunta será respondida nos próximos meses e anos, à medida que os pesquisadores aprenderem mais sobre as propriedades dos férmions coalescentes.